Árvores Humanas
O texto
evangélico, ante a luz da Doutrina Espírita, não se refere aos médiuns
categorizando-os por fachos ou estrelas, anjos ou santos.
Com muita
propriedade, reporta-se a eles como sendo árvores frutíferas.
E
sabemos, à saciedade, que as árvores produzem segundo a própria espécie.
Não vivem sem
irrigação e sem adubo; entretanto, o excesso de uma e outro pode perdê-las.
Em verdade, não
prescindem do cuidado e do carinho de cultivadores atentos; contudo, se obrigam
a tolerar vento e chuva, canícula e tempestade.
São abençoadas por
ninhos e melodias de pássaros amigos; todavia, suportam pragas que por vezes
lhes carcomem as orças e pancadas de criaturas irresponsáveis que lhes furtam
lascas e flores.
Registram
a gratidão das almas boas que lhes recolhem o favor e a utilidade, mas agüentam
o assalto de quantos lhes tomam a golpes de violência ramos e frutos.
E, conquanto
estimáveis aos pomicultores, que lhes garantem a existência, são submetidas
por eles mesmos à poda criteriosa e providencial, com vistas ao entendimento e
melhoria da produção.
Assim também são
os médiuns da Terra, postos no solo da experiência para a extensão do bem de
todos. E anotemos que, semelhantes às árvores preciosas, todos eles, por
muito dignos, como sucede a qualquer criatura humana, se elevam em pensamento
no rumo do Céu, conservando, porém, os próprios pés nas dificuldades e
deficiências do chão.
MEDIUNIDADE E SINTONIA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
DITADO PELO
ESPÍRITO EMMANUEL
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