quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Árvores Humanas


Árvores Humanas

                        
          O texto evangélico, ante a luz da Doutrina Espírita, não se refere aos mé­diuns categorizando-os por fachos ou estrelas, anjos ou santos.
                        
          Com muita propriedade, reporta-se a eles como sendo árvores frutíferas.

          E sabemos, à saciedade, que as árvores produzem segundo a própria espé­cie.

Não vivem sem irrigação e sem adu­bo; entretanto, o excesso de uma e outro pode perdê-las.

Em verdade, não prescindem do cuidado e do carinho de cultivadores atentos; contudo, se obrigam a tolerar vento e chuva, canícula e tempestade.

São abençoadas por ninhos e melo­dias de pássaros amigos; todavia, supor­tam pragas que por vezes lhes carco­mem as orças e pancadas de criaturas irresponsáveis  que lhes furtam lascas e flo­res.
         
Registram a gratidão das almas boas que lhes recolhem o favor e a utilidade, mas agüentam o assalto de quantos lhes tomam a golpes de violência ramos e frutos.

E, conquanto estimáveis aos pomi­cultores, que lhes garantem a existência, são submetidas por eles mesmos à poda criteriosa e providencial, com vistas ao entendimento e melhoria da produção. 

Assim também são os médiuns da Terra, postos no solo da experiência para a extensão do bem de todos. E anote­mos que, semelhantes às árvores precio­sas, todos eles, por muito dignos, como sucede a qualquer criatura humana, se elevam em pensamento no rumo do Céu, conservando, porém, os próprios pés nas dificuldades e deficiências do chão.

MEDIUNIDADE E SINTONIA

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL



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