SEDE
PERFEITOS
O Espiritismo nos ensina que a
causa primária de todas as coisas, Deus, é a
perfeição absoluta. Perfeição essa que é incompreensível pelo homem no seu
atual estágio de evolução, por que falta-lhe o sentido,o que leva o Ser que ainda demora-se na sombra, perguntar: “ Se Deus
é perfeito,por que nos criou imperfeitos?
Fomos criados à imagem e semelhança de
Deus, mas não fisicamente, e sim, pelo Seu amor, que está ínsito em nós.
Podemos fazer analogia ao diamante que se forma em grandes
profundidades, a mais de 150 quilômetros abaixo da superfície
terrestre e numa temperatura superior a 1500 graus centígrados,
cuja gema, não dispensa o buril do artesão, que
a pouco e pouco vai desgastando as jaças para o transformar no mineral de maior
dureza que se conhece e na jóia mais cobiçada deste Planeta.
Nos primórdios,
tivemos o acompanhamento fraterno de
Entidades Superioras até adquirirmos o
Livre Arbítrio, e porque nos distanciamos das Leis Divinas o nosso buril, por efeito educativo, foi a
dor e o sofrimento.
Sendo artífice de nossa própria sorte,
somos convidados a burilar as jaças, as imperfeições, combatendo em nós o egoísmo,o orgulho, a vaidade....
Fomos criados simples
e ignorantes mas, com potencial para a perfeição.
A
sede
insaciável de perfeição que o espírito experimenta, constitui a prova de sua
origem divina. Deus está no homem. A mediocridade jamais o contentará, quando
consciente de sua própria natureza.
Assim sendo, as palavras de Jesus, “sede vós
logo perfeitos, como também vosso pai celestial é perfeito” precisam ser
entendidas em seu sentido relativo pois sendo o criador perfeito, ele jamais
será igualado a não ser que se abandone um de seus
atributos, o de ser único, o que o descaracterizaria.
O mestre, entretanto,
ao pronunciar aquelas palavras, e consciente de que a tarefa de aperfeiçoamento
é individual e intransferível, evidenciava a essência da sua revelação aos
homens; o meio pelo qual o ser evolui e que a vida se rege por
amor.
Exortava aos seus discípulos e a todos nós a necessidade de adotar o comportamento que mais o aproxima da natureza divina, o amor.
Exortava aos seus discípulos e a todos nós a necessidade de adotar o comportamento que mais o aproxima da natureza divina, o amor.
“Amai os vossos inimigos, fazei o bem
aos que vos tem ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam”, ou
seja, busquem, sintonizem-se com o bem, com o bom, o belo e coloquem-se assim
em condições de exercitar as virtudes que sublimam a emotividade e institui a
paz, a fraternidade entre os homens, consubstanciando assim o amor ao próximo,
a realidade das leis divinas, sendo, portanto, perfeitos como o pai o é.
A perfeição, portanto, é possível ao
homem; perfeição relativa ao seu cabedal, ao seu momento na escala evolutiva,
toda vez que o homem age imbuído do sentimento de amor, de caridade, que é o
amor em ação.
Mas se agirmos assim, somente com aqueles que amamos ou nos amam, qual a vantagem, se os homens de má vida também o fazem? Então Jesus orientou: “Amai os vossos inimigos......”
Mas se agirmos assim, somente com aqueles que amamos ou nos amam, qual a vantagem, se os homens de má vida também o fazem? Então Jesus orientou: “Amai os vossos inimigos......”
E por que devemos amar os inimigos?
Por que são filhos de Deus e portanto nossos
irmãos , dignos de respeito e
consideração a que não devemos negar.
Amar os inimigos é
uma das maiores conquistas sobre o egoísmo e o orgulho, é não lhes guardar
ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento
oculto e sem condições, o mal que nos causem; é não opor nenhum obstáculo a reconciliação com eles; é
desejar-lhes o bem e não o mal; é experimentar
júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes advenha; é socorrê-los, em se apresentando ocasião; é abster-se, quer
por palavras, quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; é, finalmente,
retribuir-lhes sempre o mal com o bem, sem a intenção de os humilhar.
A essência da
perfeição é a caridade, pois implica a prática de todas as virtudes, e o grau
de perfeição está na razão direta da
extensão do amor ao próximo.
O esforço pela
perfeição, portanto, é válido, porque se antepõe à sombra, elimina projeções
negativas, contribuindo para o bem-estar do indivíduo em qualquer situação que
lhe surja.
Pelo
seu significado profundo, é um amor diferenciado daquele
que deve ser oferecido ao inimigo, a quem se fez ofensor, projetando sua imagem
controvertida e detestada por si mesmo, naquele que se lhe torna vítima. Amar
a esse antagonista é não retribuir a ofensa, não o
detestar, não o conduzir no pensamento, conseguir libertar-se de seu ódio e
agressividade.
O que não ocorre
quando o ressentimento, o desejo de revide, a amargura se instalam, porque, de
alguma forma, a pessoa passa a depender das vibrações maléficas do seu
perseguidor.
O amor libera aquele
que o cultiva, por essa razão, o mal dos maus não ata a vítima ao algoz,
deixando-a em tranquilidade.
O mestre ensinando que o
aperfeiçoamento da criatura é infinito não coloca a si mesmo como modelo,
embora todos nós, encarnados e desencarnados o tenhamos como o ser mais
perfeito que teve contato conosco.
Ele ensina a todos os povos , a todas
as raças e a todas as religiões, mas em particular aos Espíritas, pois, “
Àqueles a que mais será dado, mais será pedido”
Jesus, disse:”Amai-vos como Eu vos amo”
e Allan
Kardec:”Amai-vos uns aos outros, porém instrui-vos e
assevera: Conhece-se o espírita pela sua transformação moral e esforço que
emprega a combater suas más inclinações.”
A essência da
perfeição é a caridade, pois implica a prática de todas as virtudes, e o grau
de perfeição está na razão direta da
extensão do amor ao próximo. o esforço pela perfeição, portanto, é válido,
porque se antepõe à sombra, elimina projeções negativas, contribuindo para o
bem-estar do indivíduo em qualquer situação que lhe surja.
Como a caridade é o
amor em atividade, para se saber o tamanho do amor que já sentimos, basta medir
a caridade que já fazemos. Muita paz!........
Nenhum comentário:
Postar um comentário