Morre Steve Jobs, criador da Apple, iPod, iPhone, iPad...
O gênio visionário – responsável por revolucionar segmentos da indústria e colocar a tecnologia na palma da mão do consumidor – tinha 56 anos e lutava contra um câncer de pâncreas. Perfeccionista e inventivo, transformou a empresa criada na garagem de seus pais em uma das mais valiosas do planeta.
Steve Jobs – o gênio da tecnologia responsável por revolucionar ao menos três segmentos da indústria (computação pessoal, música, e telefonia) e inovar outra (animação para filmes) – morreu nesta quarta-feira, aos 56 anos de idade. Ex-CEO e força criativa por trás da Apple, ele lutava desde 2003 contra um câncer raro no pâncreas, que o levou a deixar, em agosto, a direção da companhia que ele fundou em 1976 e ajudou a transformar em uma das mais valiosas do planeta. Jobs deixa a mulher, Laurene, e quatro filhos – três mulheres e um homem.
A família de Jobs se manifestou publicamente, mas pediu privacidade. "Ele morreu hoje, pacificamente, cercado por sua família... Nós sabemos que muitos de vocês sentirão a perda conosco, porém, pedimos respeito e privacidade durante esta hora de dor."
No site da Apple, uma nota faz uma homenagem a Jobs: "A Apple perdeu um gênio visionário e criativo, e o mundo perdeu um ser humano incrível. Aqueles que tiveram o prazer de conhecer e trabalhar com Steve perderam um amigo querido e um mentor inspirador. Steve deixa para trás uma companhia que somente ele pôde erguer e seu espírito será para sempre a essência da Apple".
Este é apenas um exemplo das milhares de manchetes que tomaram conta das mídias nacionais e internacionais nesses dias em que vivemos de um espírito herói de retorno para a Pátria Espiritual.
Alguns, devem estar se perguntando como Deus permitiu o retorno de um ser que tanto colaborou para a evolução material do planeta,enquanto exemplificou a tolerância,cultivou a paciência e amor ao próximo, tendo sua jornada espiritual influenciado seus passos profissionais: o foco na simplicidade tem sua origem na religião oriental que professava.
Com a certeza da imortalidade da alma,não temeu a morte e como homem de bem, respeitou nos seus semelhantes os direitos que as leis da Natureza lhe concedeu,como desejaria que os seus fossem respeitados.
Não sentiu prazer em procurar os defeitos dos outros,
nem em colocá-los em evidência. Se a necessidade o obrigou, procurou sempre o bem que pode atenuar o mal.
Estudou as suas próprias imperfeições, e trabalhou incessantemente para combatê-las.
Não procurou fazer valer nem seu espírito, nem seus
talentos a custa de outros; ao contrário, aproveitou
as oportunidades para fazer sobressair as qualidades dos outros,não se envaidecendo da sua fortuna, nem das suas vantagens pessoais, porque sabia que tudo quanto lhe foi dado podia ser retirado.
E se a ordem social colocou pessoas sob a sua dependência , ele as tratou com bondade e benevolência, porquanto, perante Deus, eram iguais a ele. Usou a sua autoridade para lhes levantar o moral, e não para esmagá-los com o seu orgulho, evitou tudo o que poderia tornar sua posição subalterna, quando não compreendido por sua tenaz obstinação de inovar sempre, mais penosa ainda.
Partiu pacificamente, cercado por sua família...
Que receba de todos nós a gratidão pelo cumprimento de seu desiderato tão bem desempenhado na Terra e que goze de muita paz!
Na preocupação de colaborar para tirar o véu que paira ainda sobre esta passagem, busco em Espiritismo e Criminologia – Deolindo Amorim – 3ª edição - CELD.,um trecho que vem trazer luz a esse entendimento.
Deolindo AmorimCom a certeza da imortalidade da alma,não temeu a morte e como homem de bem, respeitou nos seus semelhantes os direitos que as leis da Natureza lhe concedeu,como desejaria que os seus fossem respeitados.
Não sentiu prazer em procurar os defeitos dos outros,
nem em colocá-los em evidência. Se a necessidade o obrigou, procurou sempre o bem que pode atenuar o mal.
Estudou as suas próprias imperfeições, e trabalhou incessantemente para combatê-las.
Não procurou fazer valer nem seu espírito, nem seus
talentos a custa de outros; ao contrário, aproveitou
as oportunidades para fazer sobressair as qualidades dos outros,não se envaidecendo da sua fortuna, nem das suas vantagens pessoais, porque sabia que tudo quanto lhe foi dado podia ser retirado.
E se a ordem social colocou pessoas sob a sua dependência , ele as tratou com bondade e benevolência, porquanto, perante Deus, eram iguais a ele. Usou a sua autoridade para lhes levantar o moral, e não para esmagá-los com o seu orgulho, evitou tudo o que poderia tornar sua posição subalterna, quando não compreendido por sua tenaz obstinação de inovar sempre, mais penosa ainda.
Partiu pacificamente, cercado por sua família...
Que receba de todos nós a gratidão pelo cumprimento de seu desiderato tão bem desempenhado na Terra e que goze de muita paz!
Na preocupação de colaborar para tirar o véu que paira ainda sobre esta passagem, busco em Espiritismo e Criminologia – Deolindo Amorim – 3ª edição - CELD.,um trecho que vem trazer luz a esse entendimento.
O Espiritismo não dogmatiza, não impõe crença: discute os problemas, propõe soluções racionais sem admitir, contudo, presunções de infalibilidade.
Em concordância com a sua linha fundamental de pensamento, a Doutrina Espirita vê o gênio por um prisma bem diferente do prisma epiléptico de Lombroso. O grande mestre da Escola antropológica filiou o gênio à "degeneração epiléptica", tendo tomado como abono de suas proposições diversos casos de homens célebres: até os mais equilibrados, entre os gênios famosos, tiveram degenerescências. Cavour, um dos gênios políticos do século XIX, tentou suicidar-se duas vezes. O gênio seria, neste caso, uma forma de degenerescência, uma anormalidade tão evidente como as formas monstruosas da espécie humana. Diferentemente da interpretação lombrosiana, o Espiritismo encara as exceções geniais pela reencarnação, com apoio na tese inicial da preexistência do espírito, sem afastar, todavia, as possibilidades de incidentes ou eventualidades de efeitos degenerativos. Genialidade não pressupõe perfeição, mas experiência espiritual. Vejamos, pois, o que se entende por gênio, segundo a Doutrina Espírita: O homem de gênio é a encarnação de um espírito adiantado, que muito já houvera progredido. O ambiente e a educação desenvolvem as idéias inatas, mas não no-las podem dar. A educação pode fornecer a instrução que falta, mas não o gênio, quando este não existe. O gênio não é, portanto, uma "criação especial", um "ser privilegiado": é um espírito, que, já tendo vivido, sofrido e aprendido muito, através de sucessivas reencarnações, demonstra um grau de adiantamento superior ao dos homens comuns e, muitas vezes, sobrepuja as idéias de seu meio ou se antecipa na interpretação de problemas que estão acima da compreensão de sua época. O homem de gênio pode corromper-se, porque está sujeito às contingências do mundo, mas a degenerescência não é a condição precípua das formações geniais. O gênio é um espírito em processo de aperfeiçoamento, ainda não de todo isento de experiências difíceis, embora tenha mais facilidade para se desvencilhar dos arrastamentos, em razão de sua longa trajetória espiritual. Daí, o fato de alguns homens célebres pela sua genialidade terem cometido atos de perversão. Não se pode concluir, entretanto, que o gênio seja a representação de uma personalidade degenerada, em vias de loucura. A degenerescência é um acidente, não é a razão de ser do gênio.
Conquanto o homem de gênio, apesar de todo o seu desenvolvimento intelectual, não esteja absolutamente imune de eventualidades peculiares à condição humana, tanto assim que sobre ele pode incidir qualquer forma de determinismo orgânico, social ou espiritual - sua responsabilidade ainda se torna maior, em razão de maior amplitude da compreensão. O determinismo e o livre arbítrio, na filosofia espírita, são princípios que se completam, não são termos que se anulam. O uso do livre arbítrio, principalmente na resistência ao mal e às influências exteriores, é proporcional ao discernimento e ao senso moral. Nem sempre, porém, o homem de gênio, a despeito de sua riqueza intelectual, acumulada através de uma série de existências, tem cabedal de virtude suficiente para Ihe fortalecer o espírito em todas as vicissitudes. O progresso intelectual não coincide, em todos os casos, com o progresso moral. As contradições do gênio não invalidam, entretanto, o livre arbítrio e a responsabilidade: quanto mais progride em moral, mais livre deve ser o homem para se sobrepor às paixões e aos vícios.
Se assim é, o fato de alguns gênios se encontrarem no rol de delinqüentes não prova a teoria da degenerescência, mas simplesmente leva a admitir que o gênio também está sujeito a fraquezas humanas. O homem progride necessariamente em conhecimento; mas deve progredir indispensavelmente em moral, como ensina a Doutrina Espírita. Enquanto o gênio corresponde apenas ao conhecimento através dos tempos, sem transformação moral, claro é que não pode, em todos os casos, oferecer resistência às paixões e aos imprevistos do mundo. Se a progressão do livre arbítrio depende ao mesmo tempo do conhecimento e da moral, e se o gênio se adianta em conhecimento e não se adianta em moral, é lógico deduzir desta proposição que nem sempre o gênio está em condições de se sobrepor ao determinismo de certas injunções, quer na ordem biológica, quer na ordem psíquica ou na ordem social. Neste caso, o gênio não é incondicionalmente livre. Se, portanto, o gênio comete um crime, porque ainda não está absolutamente isento dos revezes terrenos, este fato ainda não permite concluir que a genialidade seja uma forma de degenerescência. O conceito de gênio, à luz do Espiritismo não pressupõe santidade, mas vivência espiritual através da sucessão de existências. A reencarnação não exime, mas antes renova a responsabilidade do gênio.
Todas as concepções jurídicas da filosofia espírita estão firmadas sobre o binômio livre arbítrio determinismo, apesar das restrições biológicas e sociais. Negar sistematicamente o livre arbítrio eqüivaleria a negar a responsabilidade espiritual. Vejamos como a Doutrina Espírita situa o problema: Sem o livre arbítrio, o homem não teria nem culpa por praticar o mal, nem mérito em praticar o bem. Nenhuma desculpa poderá, portanto, o homem buscar, para os seus delitos, na sua organização Música, nem abdicar da razão e de sua condição de ser humano para se equiparar ao bruto. (45) Por mais insistente que seja a tendência para deixar à margem o livre arbítrio e atribuir o móvel das ações humanas à exclusiva predominância dos fatores bio-sociais, como se o homem fosse impulsionado, em todas as suas deliberações, apenas pelo sistema glandular ou pelas provocações do ambiente, sem participação consciente no próprio drama de que é ele a principal figura, torna-se difícil senão impossível conciliar a liberdade moral com o determinismo absoluto. Ensina o Espiritismo que, quanto mais adiantado espiritualmente, mais liberdade tem o homem para fazer ou não fazer aquilo que esteja ou não esteja conformado As inclinações de sua consciência.
O Livro dos Espíritos – Parte III, questão 872
Fonte: Espiritismo e Criminologia – Deolindo Amorim – 3ª edição - CELD.
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