sábado, 5 de novembro de 2011

O amor - Fonte de vida

O amor - Fonte de vida





O amor é um tema imortal. Escreve-se, declama-se, canta-se, pinta-se e compõe-se sobre o amor.
A cultura judaico-cristã, mais recentemente analisada sob a ótica espírita, reforça o amor como a receita para o relacionamento interpessoal ideal.

Antes de se entender o Amor Universal, abrangente e utópico, há necessidade de se sentir seus tópicos mais humanos, suas manifestações ao nível de nossa Civilização.

O inolvidável Herculano Pires comenta que: "A solidão do Ser gera a busca do outro. Esta não é uma afirmação gratuita, imaginária, mas resultante de pesquisa. Não se pode pesquisar o Amor nos livros, nos estudos teóricos a respeito, nas múltiplas opiniões dos sábios, nem apenas nas relações humanas ou nas relações do homem com os outros seres ou com as coisas. A pesquisa do amor exige o método existencial da vivência individual. Porque o ato do amor é pessoal, individual e ôntico. Brota da estrutura psíquica de uma pessoa, define-se na ação relacional de um indivíduo com outro (ser ou coisa) e tem sua causa na profundeza das exigências ônticas, nas fontes do Ser. Se quisermos compreender o Amor Divino temos de partir do amor humano".(4)

À época do taoísmo, simbolizava-se o "yin" como pólo masculino e o "yang" como pólo feminino, ambos interagindo. Para Carl Gustav Jung, há contrastes em equilíbrio, o "animus" (masculino) e "anima" (feminino).
A Literatura espírita é riquissíma de informações e de ilustrações sobre a vasta área do amor. Partindo-se da obra inovadora de André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, deve-se considerar a grande realidade de que "a reencarnação é o meio, a educação divina é o fim".(2)

Dentro desse diapasão, não se pode olvidar que nas múltiplas situações evolutivas no trânsito reencarnatório, o amor tem facetas muito materiais. Pode ser expresso pela atração física, pela paixão, pelo enlaçamento platônico e até pela afinidade espiritual.
Todavia, na conjugação de forças ou pólos masculinos e femininos, as manifestações sexuais - do aperto de mão à relação sexual propriamente dita - , surgem como partes integrantes da satisfação pessoal e de felicidade das criaturas. Portanto, são formas de amor. As atitudes consientes ou incoscientes de ordem sexual e de busca do amor, acompanham o ser em todas as etapas de sua vida física. Em suas variadas expressões, são muito importantes para o equilíbrio do ser encarnado.

Pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, André Luiz destaca que "o sexo, na existência humana, pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja o sexo", mas supera os tabus das interpretações imediatas em torno do sexo e descerra perspectivas amplas: "Entre as criaturas que se encaminham, de fato, aos montes de elevação, a união sexual é muito diferente. Traduz a permuta sublime das energias perispirituais, simbolizando alimento divino para a inteligência e para o coração e força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas da alma para a vida eterna"(2).
Seguindo esse delineamento, Jorge Andréa dos Santos é de opinião que as forças criativas podem ser chamadas "forças sexuais da alma" (1).

O amor como gerador e mantenedor de vida, ou seja, como fonte de vida, deve ser estudado para o melhor entendimento do relacionamento interpessoal e, principalmente, do relacionamento familia. Daí a razão de André Luiz considerar que "...o lar é conquista sublime que os homens vão realizando vagarosamente. - É templo, onde as criaturas devem unir-se espiritual antes que corporalmente. - ... o lar é como se fora um ângulo reto nas linhas do plano da evolução divina. A reta vertical é o sentimento feminino, envolvido nas inspirações criadoras de vida. A reta horizontal é o sentimento masculino, em marchas de realizações no campo do progresso comum. O lar é o sagrado vértice onde o homem e mulher se encontram para o entendimento indispensável"(3). 



FAMÍLIA & ESPIRITISMO.


Antonio Cesar Perri de Carvalho

Bibliografia:
1. Andréa dos Santos, J. - Forças Sexuais da Alma. FEB
2. André Luiz (F.C.Xavier) - Missionários da Luz. FEB, Cap. 12 e 13.
3. André Luiz (F.C.Xavier) - Nosso Lar. FEB, Cap. 20.
4. Herculano Pires, J. - Pesquisa Sobre o Amor. DICESP;


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