sábado, 7 de julho de 2012

INDIVIDUALISMO - Emmanuel









INDIVIDUALISMO
Emmanuel

Em contacto com os ideais da Revelação Nova, o homem, sentindo dilatar-se-lhe naturalmente a visão, começa a perceber, com mais amplitude, os problemas que o cercam.
Aguça-se-lhe a sensibilidade, intensifica-se-lhe a capacidade de amar. Converte-se-lhe o coração em profundo estuário espiritual, em que todas as dores humanas encontram eco.
Por isso mesmo, acentuam-se-lhe os sofrimentos, de vez que as suas aspirações não surpreendem qualquer sintonia nos planos inferiores em que ainda respira.
Desejaria o aprendiz acompanhar-se por todos aqueles que ama, na caminhada para a vida superior, entretanto, à medida que se adianta em conhecimentos e se sutiliza em sensações, reconhece quase sempre que os amados se fazem dele mais distantes.
Aqui, é a companheira que persevera em rumo diferente, além, é o coração paternal que, por afetividade mal dirigida, dificulta a ascensão para a luz... Ontem, era um filho a golpear-lhe as fibras mais íntimas; hoje, é um amigo que deserta...
Se o discípulo não se rende à perturbação e ao desânimo, gradativamente começa a compreender que está sozinho, em si mesmo, para aprender e ajudar, entendendo, outrossim, que na boa-vontade e no sacrifício adquire valores eternos para si próprio.
Quanto mais cede a favor de todos, mais é compensado pela Lei Divina que o enriquece de força e alegria no grande silêncio.
Na marcha diária, chega à conclusão de que o individualismo ajustado aos princípios inelutáveis do bem é a base do engrandecimento da coletividade. Reconhece que o espírito foi criado para viver em comunhão com os semelhantes, que é a unidade de um todo em processo de aperfeiçoamento e que não pode fugir, sem dano, à cooperação, mas, à maneira da árvore no reino vegetal, precisa crescer e auxiliar com eficiência para garantir a estabilidade do campo e fazer-se respeitável.
Ninguém vive só, mas chega sempre um momento para a alma em que é imprescindível saber lutar em solidão para viver bem.
Para valorizar o celeiro e enriquecer a mesa, a semente descansa entre milhões de outras que com ela se identificam; todavia, quando chamada a produzir com a vida para o conforto geral, deve aprender a estar isolada no seio frio da terra, desvencilhando-se dos envoltórios inferiores, como se estivesse reduzida a lodo e morte, a fim de estender novos ramos e elevar-se para o Sol.
Sem o indivíduo forte e sábio, a multidão agitar-se-á sempre entre a ignorância e a miséria.
Esforço e melhoria da unidade, para o progresso e sublimação do todo, é uma lei.
A navegação a vapor, atualmente, é patrimonio geral, mas devemo-la ao trabalho de Fulton.
A imprensa de hoje é força direcional de primeira ordem, contudo, não podemos olvidar o devotamento de Gutenberg, que lhe amparou os passos iniciantes.
A luz elétrica, nos dias que passam, é questão resolvida, no entanto, a Edison coube a honra de sofrer para que semelhante bênção desintegrasse as noites do mundo.
A locomotiva, agora, é máquina vulgar, mas no princípio dela temos a dedicação de Stephenson.
Na Terra, surgira Newton, invariável, à frente de todos os conhecimentos alusivos à gravitação universal e o nome de Marconi jamais será apagado na base das comunicações sem fio.
Cada flor irradia perfume característico.
Cada estrela possui brilho próprio.
Cada um de nós é portador de determinada missão.
O Espiritismo, confirmando o Evangelho, vem amparar os homens e convidar o homem a aprimorar-se e engrandecer-se, consoante a sabedoria da Lei que determina: "a cada um, segundo as suas obras".


(Extraído do livro "Roteiro", Cap. 33, psicografado por F. C. Xavier, FEB, 9ª edição.)
  

terça-feira, 3 de julho de 2012

As qualidades da prece



As qualidades da prece 




As qualidades da prece são claramente definidas por Jesus; quando orardes, disse Ele, não vos coloqueis em evidência, mas orai em segredo; não vos preocupeis em orar muito, porque não é pela quantidade de palavras que sereis atendidos, mas pela sua sinceridade; antes de orar, se tendes qualquer coisa contra alguém, perdoai-o, porque a prece não poderá ser agradável a Deus se não partir de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade; orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu. Examinai vossos defeitos, e não vossas qualidades, e se vos comparardes aos outros, procurai o que há de mau em vós. (Ver cap. X, itens 7 e 8.)

Há, na prática do perdão, e na do bem em geral, mais que um efeito moral, há também um efeito material.
Como se sabe, a morte não nos livra dos nossos inimigos; os espíritos vingativos muitas vezes perseguem com seu ódio, além do túmulo, aqueles contra os quais conservaram o seu rancor. É por essa razão que o provérbio morto o animal, morto o veneno, é falso quando se aplica ao homem. O espírito mau espera que aquele a quem ele deseja mal esteja encerrado em seu corpo, e assim menos livre, para poder atormentá-lo com mais facilidade, atingi-lo nos seus interesses ou nas suas afeições mais queridas. É preciso ver nesse fato a causa da maioria dos casos de obsessão, principalmente daqueles que apresentam uma certa gravidade, como a subjugação e a possessão.
O obsidiado e o possuído são quase sempre vítimas de uma vingança anterior, a qual, provavelmente, eles deram motivo por sua conduta. Deus assim o permite para puni-los pelo mal que eles mesmos fizeram, ou, se não o fizeram, por não terem sido indulgentes nem caridosos ao deixarem de perdoar. 
Do ponto de vista da sua tranquilidade futura, é imprescindível reparar, o mais cedo possível, os danos que tenham causado aos seus semelhantes, perdoar os seus inimigos, a fim de eliminar, antes de morrer, todos os motivos de desavenças, todas as causas de animosidade posterior. Por essa forma, de um inimigo enfurecido neste mundo pode-se fazer um amigo no outro, ou, pelo menos, ficar do lado do bem, e Deus não deixa aquele que perdoou ficar exposto à vingança.
Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos com o nosso adversário o mais breve possível, não é tendo em vista somente acabar com as discórdias durante a existência atual, mas evitar que elas se perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, satisfeito completamente a justiça de Deus.
Se antes de morrer, todos os motivos de desavenças, todas as causas de animosidade posterior. Por essa forma, de um inimigo enfurecido neste mundo pode-se fazer um amigo no outro, ou, pelo menos, ficar do lado do bem, e Deus não deixa aquele que perdoou ficar exposto à vingança. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos com o nosso adversário o mais breve possível, não é tendo em vista somente acabar com as discórdias durante a existência atual, mas evitar que elas se perpetuem nas existências futuras.

Obsessão: domínio que alguns espíritos inferiores conseguem exercer sobre certas pessoas. Os espíritos superiores e bons jamais impõem constrangimentos, ao contrário, aconselham, combatem a influência dos maus espíritos. (N.T.)


Subjugação:
é uma dominação profunda; pode ser moral, quando o subjugado é forçado a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras, mas que ele acha sensatas, ou corporal, quando o espírito atua sobre as regiões motoras do cérebro provocando movimentos involuntários e, muitas vezes, os mais ridículos atos. (N.T.)

Possessão: é uma dominação total; a vítima perde o domínio total dos seus sentidos e das suas ações, passando a agir sob o comando do obsessor.

CAPÍTULO XXVII
PEDI E OBTEREIS
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Para maiores detalhes, leia-se

O Livro dos Médiuns, cap. 23 e

O Livro dos Espíritos, cap. 9, item 3.



domingo, 1 de julho de 2012

Homenagem a Chico Xavier - 10 anos



Chico Xavier, mesmo com toda a projeção de sua mediunidade e de sua obra, sempre se manteve simples, humilde, atencioso e desprendido. No ano de 1977, quando se comemorava os 50 anos de seus labores mediúnicos ele declarou em uma das entrevistas: "Sou sempre um Chico Xavier lutando para criar um Chico Xavier renovado em Jesus e, pelo que vejo, está muito longe de aparecer como espero e preciso..." (Perri de Carvalho, Chico Xavier -- O homem e a obra. São Paulo: Ed. USE, 1997). Uma década após sua desencarnação Chico Xavier é uma referência nacional, como exemplo de dedicação ao esclarecimento espiritual, ao bem e à paz. 

Antonio Cesar Perri de Carvalho -- Vice-presidente da Federação Espírita Brasileira. 


 Tags: chico xavier homenagem espiritismo