quarta-feira, 14 de setembro de 2011

LEI DE IGUALDADE E LEI DE LIBERDADE - RESUMO - PROGRAMA BÁSICO DE DOUTRINA ESPÍRITA - PBDE


 LEI DE IGUALDADE

a)igualdade natural

b)Todos os homens são iguais perante Deus, que os criou simples e ignorantes,eperante a lei natural, pois os direitos são para todos.
A desigualdade que vemos entre os homens é fruto de sua própria evolução e esforço, baseada no fato de que cada um é herdeiro de si mesmo ao longo de sua trajetória evolutiva, onde forja a sua superioridade espiritual.


b) desigualdade de aptidões

O que à primeira vista pode parecer uma injustiça – a variedade e desigualdadede aptidões – é a prova maior da harmonia divina, expressa em sua lei de progresso, que coloca Espíritos de condições evolutivas diferentes, um ao lado do outro,com a finalidade de que o que estiver em situação pior encontrar um modelo que lhe sirva de meio e estímulo para sua melhora.
A diversidade de aptidões facilita o desenvolvimento da solidariedade entre todos, pois aquilo que um não faz o outro faz, e no final, todos precisam uns dos outros,entendendo-se que só na troca é que se desenvolve o amor fraterno e o respeito mútuo.
Espíritos de planos superiores têm como finalidade servirem de auxiliares do progresso, quando reencarnam em mundos e meios inferiores, dando assim, testemunho de sua compreensão e renúncia, desempenhando papel de real valor na ordem geral evolutiva.

c) desigualdades sociais

As condições de desigualdade social são criadas pelo homem e não determinadas por Deus. Nascem geralmente do abuso no campo do egoísmo e do orgulho e se desfazem através do mecanismo da reencarnação. A única desigualdade natural é a do merecimento e que dá nascimento à hierarquia moral.

d) desigualdade das riquezas

É utopia a igualdade absoluta das riquezas porque a diversidade das faculdadese dos caracteres logo a desfaria pela força dos acontecimentos. O importante nãoé uma igualdade absoluta mas uma distribuição eqüitativa baseada na lei de justiça, de amor e de caridade, únicas capazes de anularem o egoísmo e o orgulho.
Geralmente, os grandes monopólios se constroem à custa do trabalho diuturno esuarento de anônimos colaboradores, que por questão de justiça devem receberpaga pelos seus esforços, o que na nossa sociedade atual nem sempre acontece. A exploração do trabalho de muitos enseja o enriquecimento ilícito de poucos, que perante as leis maior esse candidatam a múltiplas dificuldades espirituais posteriores.
A riqueza deve servir para reparar injustiças e ajudar a coletividade crescer proporcionando-lhe o bem-estar que “consiste em cada um empregar o seu tempo como lhe apraza e não na execução de trabalhos pelos quais nenhum gosto sente. Como cada um tem aptidões diferentes, nenhum trabalho útil ficaria por fazer. Em tudo existe o equilíbrio; o homem é quem o perturba”. A miséria é fruto do egoísmo e da imprevidência da sociedade,por um lado, e da preguiça e da acomodação, por outro, e só a educação moral dos seus membros é que a eliminará definitivamente.

e) igualdade dos direitos do homem e da mulher

Perante Deus e a lei natural o homem e a mulher têm direitos iguais, pois que aambos foi concedida a inteligência e a consciência de escolha do bem e do mal e também a faculdade de bem proceder.
A inferioridade com que a mulher é tratada provém de preconceitos milenares deque o homem, sendo mais forte fisicamente, tem o direito de oprimir e dominar asua fragilidade. Deus, porém, forneceu a força para amparar e proteger e não para escravizar e esmagar. O homem e a mulher por terem funções específicas, só podem suportar as provas e vencerem juntos se mutuamente se ajudarem.
Perante a natureza a importância da mulher é maior porque a ela cumpre o papel de fornecer aos descendentes as primeiras noções da vida. Têm muita razão todos os ramos da psicologia moderna que atribuem à mãe papel preponderante na formação psicológica do filho, determinando traços de personalidade que o acompanharão sempre,pelo resto de sua existência, podendo ou não ser manejados convenientemente pelo seu possuidor.
Uma legislação para ser perfeitamente justa deve consagrar os direitos igualitários do homem e da mulher, respeitando a diversidade das funções, para evitar uma confusão e superposição de papéis que cabem a cada um e que geraria uma situação competitiva.
“Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça.A
emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha de par com a barbaria. Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles.Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos“.

X) LEI DE LIBERDADE

a) liberdade natural

É da natureza do Espírito a necessidade de se libertar. Como a liberdade absoluta não existe, vive a criatura situações em que deve obedecer. Na raiz daobediência por imposição residem as primeiras sementes da rebeldia. Com a sua rebeldia o homem quebra a harmonia entre sua consciência e a criação. Esta harmonia só será restabelecida pelo conhecimento, compreensão e observância da lei divina ou natural.
Por ter em sua intimidade (inconsciente) todos os germens das potencialidadesdivinas de que é dotado, o Espírito busca libertar esse potencial, através de suaação permanente, buscando torná-lo admissível e consciente. Este é o caminho que o Espírito realiza, através da linha do princípio e finalidade. Quanto mais livre do seu inconsciente mais responsável se torna o indivíduo pelo que faça; quanto mais sabe mais deve fazer.

b) A Escravidão

Escravidão de antigamente, reprovável por todos os sentidos, dá lugar a escravização moderna do homem pelo homem, do homem pela máquina, do homem pela economia, do homem pela política.
Todo aquele que tira proveito de outrem, usando-o egoisticamente para atingir os seus próprios fins, transgride a lei de liberdade, incorrendo em uma forma de escravização.A desigualdade natural das aptidões tem servido como desculpa para o domínio dos fracos pelos fortes, quando cumpriria a estes fornecerem meios e recursos para aqueles crescerem. Isto se dá não apenas no plano individual, como também no empresarial, entre os povos e as nações. Cada ser, individual e coletivamente falando, temo direito de se pertencer, sendo “contrária à lei de Deus toda sujeição absoluta de um homem a outro homem".


c) liberdade de pensar


 A liberdade de pensamento é uma condição básica para o Espírito sentir-se livre. A espontaneidade e a criatividade, que são fatores espirituais, devem sempreestar presentes no pensamento da criatura, evitando que ela se “robotize”, apenas repetindo em circuito fechado, o que lhe imprimem, através dos modernos meios de massificação.
Perante a lei divina o homem é responsável pelo que pensa e pelo que faz de seu pensamento.
d) liberdade de consciência
Por ser a liberdade de consciência corolário da liberdade de pensar “...é um doscaracteres da verdadeira civilização e do progresso”. “Assim como os homens,pelas suas leis, regulam as relações de homem para homem, Deus, pelas leis da natureza, regula as relações entre ele e o homem”.
Tem-se como claro que Deus se manifesta no homem através daconsciência;quanto mais consciente é o homem, mais próximo de Deus. Por ser a crença manifestação do entendimento íntimo do Espírito, ela  respeitável quando conduzir o homem à prática do bem, e será reprovável, qualquer atitude de repressão à crença de quem quer que seja, a menos que esta leve o indivíduo para a prática do mal. Neste caso, em vez da repressão, deve-se utilizar o esclarecimento e a educação. “Se alguma coisa se pode impor, é o bem e a fraternidade. Mas não cremos que o melhor meio de fazê-los admitidos seja obrar com violência. A convicção não se impõe.”
Um doutrina será reconhecida como boa e útil, quando fizer homens de bem,“...visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus não pode deixar de ser falsa e perniciosa”.

e) livre-arbítrio

O livre-arbítrio é uma função do pensamento livre acionado pela vontade. Pode ser obstado pelas predisposições que são o acervo que o Espírito traz de vidas anteriores. Quanto mais evoluído for o Espírito mais facilmente manejará seu livre-arbítrio, e quanto mais livre para agir, mais responsável pelas conseqüências de seus atos.
Devemos, porém, lembrar a influência que exerce a matéria, representada pelo corpo físico, sobre o Espírito, embaraçando-lhe a manifestação, mas nãodeterminando-lhe a ação que é de responsabilidade exclusiva dele. É como se um raio luminoso fosse atenuado pelo meio que atravessa.
É causa de sofrimento para o Espírito mais evoluído, o contacto com a matéria, que lhe impede a livre manifestação, servindo-lhe de limite à ação. O mau funcionamento dos órgãos do corpo físico, pode assim ser o meio de punições para o Espírito, por abusos cometidos anteriormente, que causam alteraçõesperispirituais,correspondentes aos órgãos lesados. “O Espírito, porém, sofre por efeito desse constrangimento, de que tem perfeita consciência. Está aí a ação da matéria”.
Porém, não exime de responsabilidade e nem serve de desculpa para os atos reprováveis, a afirmação de que o indivíduo agiu de maneira equivocada, porque estava sob a ação de qualquer tipo de tóxico (álcool, maconha, cocaína, químicos enfim), pois aí em vez de uma, comete duas faltas: a de se envenenar voluntariamente e de agir erroneamente

f) fatalidade

A fatalidade é a conseqüência natural da lei de causa e efeito, quando todos osseus mecanismos amortecedores e compensadores não possam ser acionados, ou já se tenham esgotado, ficando o indivíduo a mercê da resposta inevitável do que tenha gerado.Também a fatalidade pode ser a expressão da escolha que o próprio Espírito faz ao encarnar como prova física, ficando as chamadas provas morais na dependência do seu livre-arbítrio, em ceder ou resistir, às eventuais pressões que receba. As provas fatais de uma forma geral, têm a finalidade de resgate para o Espírito que se encontrava em débito com a Lei Maior.
“Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é. Chegado esse momento, de uma forma ou doutra, a ele não podeis furtar-vos”. Isto quer dizer, que todos os acontecimentos que o homem, para justificar seus erros, rotula de fatais, podem ser modificados com a ação de seu livre-arbítrio, desde que com a devida antecipação,raciocine e atue de modo a fugir daquilo que lhe pareça já sem solução ou fatal.
A morte como extinção do fluído vital, que aviventa o corpo físico, libertando o Espírito para a sua vida em outro plano, é fatal, podendo, no entanto, o seu momento ser modificado, por antecipações ou retardamentos, em que múltiplas situações se conjugam.Quando todos estes mecanismos convergem para determinada hora, o homem tem que se render depois de ter utilizado todos os meios para evitá-la, porque se trata de um fenômeno natural de passagem de volta para seu mundo original – o mundo espiritual.
A fatalidade da morte é a manifestação da superioridade do mundo espiritual sobre o material e não como muitos pensam, um desígnio pré-estabelecido de dia, hora e local, como situação fixa, inamovível e inexorável.
O homem, por mais que faça, jamais conseguirá imortalizar a vida na matéria,porque isto contrariaria a natureza da própria matéria, que é perecível, finita e secundária ao Espírito.
Com a capa da fatalidade muitos procuram esconder seus próprios atos buscando eximir-se da responsabilidade, contudo “... sempre confundis duas coisas muito distintas: os sucessos materiais da vida e os atos da vida moral. A fatalidade, que algumas vezes há, só existe em relação com aqueles sucessos materiais, cuja causa reside fora de vós e que independem de vossa vontade (vide flagelos destruidores na 8ª Sessão do PBDE). Quanto aos atos da vida moral, esses emanam sempre do próprio homem que, por conseguinte, tem sempre a liberdade de escolher. No tocante, pois, a esses atos,nunca há fatalidade”.
Se a fatalidade fosse uma lei que se sobrepusesse à do livre-arbítrio, não haveria na ação do homem nem mérito, nem culpa, pois não haveria responsabilidade.
Diante da situação de dificuldade geral por que passa o mundo na atualidade,e lembrando que estamos em época de fechamento de ciclo evolutivo da humanidade,recordemos que nós mesmos escolhemos as nossas provas. “... Quanto mais rude ela for e melhor a suportares, tanto mais te elevarás. Os que passam a vida na abundância e na ventura humana são Espíritos pusilânimes, que permanecem estacionários.
Assim, o número dos desafortunados é muito superior ao dos felizes deste mundo, atento que os Espíritos, na sua maioria, procuram as pessoas que lhes sejam mais proveitosas. Eles vêem perfeitamente bem a futilidade das vossas grandezas e gozos. Acresce que a mais ditosa existência é sempre agitada, sempre perturbada, quando mais não seja, pela ausência da dor”.
Os homens através da sua imprevidência e da sua luxúria, criam a fatalidade que a Lei Maior utiliza para que eles resgatem suas próprias dívidas.

http://semeadorespirita.blogspot.com

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