segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PROSTITUIÇÃO INFANTIL


Prostituição Infantil
Marcos Paterra (João Pessoa/PB) 

Constantemente denúncias são feitas com relação à exploração sexual de menores, ocorrendo a cada dia mais nas faixas etárias mais baixas. Das grandes cidades até os rincões dos Estados mais pobres, onde existem os concorridos leilões de virgens, bastante frequentados pelos cidadãos mais importantes da região, entre eles, juízes, políticos, promotores, entre outros. São crianças de 8 a 11 anos que após saciarem a sanha animalesca de indivíduos sem escrúpulos, e passarem de mão em mão, são jogadas na "vida fácil", às vezes com a conivência dos próprios pais que as trocam por quantidades ínfimas de dinheiro.
Em 2005 dados do Ministério da Justiça mostram que a prostituição infantil está presente em todas as capitais brasileiras e em muitas das grandes cidades do País, sobretudo as do litoral nordestino e, entre os principais fatores estão à pobreza e o turismo sexual.
Nesses dados estão todas as capitais brasileiras, mas a maior parte dos municípios com exploração sexual de menores está no interior, em municípios pobres de 20 mil a 100 mil habitantes. O quadro é mais grave no Nordeste, em 32% das cidades há exploração sexual de crianças e adolescentes. Seguido do Sudeste com 25,7%, e depois respectivamente, vêm as regiões Sul 17,3%, Centro-Oeste 13,6% e Norte 11,6%. A Região Sul registra 162 cidades com exploração sexual, com 49 no Rio Grande do Sul, 57 em Santa Catarina e 56 no Paraná. 
A prostituição infantil é algo doloroso para quem a pratica, porque é a pessoa é levada a comercializar o próprio corpo e tolerar relacionamentos sexuais quando a sexualidade em sua origem é um fator que, harmoniosamente vivenciado conduz a um estado de satisfação psicológica e até mesmo espiritual, infelizmente no meio espírita, herdando parte da cultura religiosa antiga, muitas vezes mostra discursos de alguns irmãos que condenam generalizadamente quem se prostitui, esses irmãos por vezes desinformados esquecem que a prostituição, principalmente a infantil é muitas vezes motivada por diversas e complexas razões e é sobre esse prisma  que Jesus disse-nos : "Não julgueis, porque com o mesmo rigor com que julgardes sereis julgados".
Muitos podem pensar que a criança ou adolescente se prostitui, por “safadeza”, esquecem que podem estar “pré-julgando” uma pessoa sobre ação dos “maus” espíritos, ou seja, daqueles que agem com a intenção de prejudicar alguém. E por que uma criança sofreria ataques obsessivos? Seriam espíritos dessas crianças que podem, de fato, terem inimigos que os perseguem por alguma razão. E esse assédio dependerá do tipo de mediunidade que a criança possuir.
 Temos também de entender que a cultura atual onde a mídia nos mostra e às vezes incentiva a violência e ao sexo;
 “Os valores sociais, fortalecidos pela mídia que propagandeia a vulgaridade, tornam o uso da sexualidade quase como uma obrigação a que todos têm que se submeter. Não há qualquer preocupação com idade, nível evolutivo, momento de vida, pois têm que usá-la a qualquer preço. A compulsão para o uso passa a ser moda, e motivo  de preocupação para quem não tenha a libido à flor da pele, pois se sentirá diferente dos demais.[...] O modismo e os exageros na sexualidade promovem o festival de fetiches ou artefatos para promover o prazer a  qualquer custo, sem a preocupação quanto às interferências no psiquismo do próprio indivíduo. O fetiche, enquanto instrumento de ampliação do prazer, passa a se tornar, com o tempo,  imprescindível e determinante para que se alcance a liberação do desejo compulsivo, até que, mais tarde se torne também indispensável, levando o indivíduo a novas e cada vez mais alucinantes aventuras.”[i]
A Doutrina Espírita, se estudada e bem compreendida é um dos maiores meios preventivos contra as drogas, prostituição e etc.

“É notável verificar que as crianças educadas nos princípios espíritas adquirem uma capacidade precoce de raciocínio, que as torna infinitamente mais fáceis de serem conduzidas. Nós as vimos em grande número, de todas as idades e dos dois sexos, nas diversas famílias onde fomos recebidos, e pudemos fazer essa observação pessoalmente. Isso não as priva da natural alegria, nem da jovialidade. Todavia não existe nelas essa turbulência, essa teimosia, esses caprichos que tornam tantas outras insuportáveis. Pelo contrário, revelam um fundo de docilidade, de ternura e respeito filiais que as leva a obedecer sem esforço e as torna responsáveis nos estudos. Foi o que pudemos notar e essa observação é geralmente confirmada. [...] Essas crianças, por sua vez, educarão seus filhos nos mesmos princípios e, enquanto isso, os velhos preconceitos irão, de pouco em pouco, desaparecendo com as velhas gerações. Torna-se evidente que a idéia espírita será, um dia, a crença universal.”[ii]




[i] Adenáuer Marcos Ferraz de Novaes/ Livro: “Psicologia e Espiritualidade – Cap. Sexualidade”
[ii]  Allan Kardec /Livro “Viagem Espírita em 1862 - Cap. Impressões Gerais” 


Marcos Paterra é articulista e membro do movimento espírita paraibano,
colaborador de diversos sites e jornais espíritas



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