terça-feira, 30 de agosto de 2011

LEI DE CONSERVAÇÃO / LEI DA DESTRUIÇÃO =RESUMO

LEI DE CONSERVAÇÃO



É uma lei da natureza, que todos os seres vivos possuem em graus diferentes,desde o maquinal até o nível raciocinado.
Por que os seres vivos têm necessidade de viver para cumprimento dos desígnios da Providência Divina, sentem instintivamente a lei de conservação como parte natural de sua constituição.
Os meios de conservação dados por Deus ao homem nem sempre são entendidos, principalmente os meios que a terra lhe proporciona, que devem ser utilizados na medida do necessário, evitando o supérfluo. Quando o próprio necessário não é alcançado pelo homem no trato da terra, isto se deve pela imperícia do próprio homem que não respeita as leis naturais.
Os esbanjamentos dos recursos materiais demonstram que o homem no afã de satisfazer suas fantasias se torna imprevidente no uso, caindo no abuso e tendo que sofrer nos dias de penúria.
“A natureza não pode ser responsável pelos defeitos da organização social,nem pelas conseqüências da ambição e do amor próprio.”

a) gozo dos bens terrenos


Os bens da terra devem ser entendidos como tudo que o homem pode gozar neste mundo e, quando o homem não alcança este gozo, não pode, nem deve acusar a natureza como imprevidente, senão reconhecer que é dele a responsabilidade pelo seu sofrimento, por não saber regrar o seu viver.
Se uns têm tanto e outros pouco ou nada, deve-se reconhecer, por um lado, a existência do egoísmo que impede qualquer atitude altruísta e, por outro lado, a indolência e a acomodação, pois quem realmente busca e se esforça, por pouco que tenha, sempre está fadado a conseguir mais e melhor, se não ficar apenas a reclamar sem produzir. Os obstáculos e impedimentos, no mais das vezes, têm apenas a finalidade de experimentar a constância, a paciência e a firmeza.
Se cada um aprender a ocupar o seu lugar, não ocupando o espaço dosemelhante, a organização social tende a se apresentar de forma equilibrada e estável.
Os esforços dos vários povos que se utilizam de técnicas científicas para o aperfeiçoamento moral, provam que o homem, utilizando da inteligência, pode melhorar o seu padrão de vida, desde que não caia em círculos egoísticos e de opressão a terceiros.Estes, quando existem, geram condições de sofrimento futuro, devido a infração da lei.
A necessidade de subsistência, gera no homem a exigência do trabalho, que não deve ser escravo nem explorador. E qualquer tipo de malefício ou crime que se cometa contra o próximo, sempre gerará uma falta tipo lesa-natureza com suas conseqüências decorrentes.
Sem saúde e sem força o homem não consegue desenvolver convenientemente seu trabalho, que tem como finalidade prover as necessidades do corpo,sendo natural o seu desejo de bem-estar, desde que não conseguido a custa de outrem.


LEI DA DESTRUIÇÃO

O que chamamos destruição, nem sempre o é; não passa de uma forma de regeneração, de uma transformação, pois vivemos em um Universo em que “nada se cria,nada se perde, tudo se transforma”.
Os seres vivos para se alimentarem, reciprocamente se “destroem”, seguindo esta aparente destruição dois fins:
1)Manutenção do equilíbrio na reprodução, que poderia se tornar excessiva, quebrando a dinâmica da interdependência que existe entre os seres;
2)Utilização dos despojos do invólucro exterior que sofre a destruição. Esse invólucro é simples acessório; a parte essencial do ser pensante é o princípio inteligente, que não se destrói e se elabora nas meta morfoses diversas por que passa.
Os meios de preservação de que a própria natureza é dotada, têm a finalidade de evitar que a destruição se dê antes do tempo, o que obsta o desenvolvimento do princípio inteligente.
O medo inconsciente do homem pela morte é a manifestação do instinto de conservação animal; é a manifestação inconsciente da necessidade que seu espírito tem para se desenvolver. Por isto, deve enfrentar as provações da vida sem apelar para a fuga das reclamações, das acusações indevidas, nem tampouco, aspirar a morte física como forma de resolver os problemas que o alcançam.
A necessidade de destruição, para estabelecer o equilíbrio ecológico e psicológico, é proporcional à natureza dos mundos, cessando quando o físico e o moral se acham mais depurados do que aqui na terra; são características de mundos mais adiantados que o nosso. Aqui mesmo na terra, à medida que há uma maior depuração, o sentimento de preservação sobrepuja o de destruição, dando ao homem melhor posição no seu desenvolvimento intelectual e moral.

O direito da destruição sobre os animais, bem como para com os vegetais,está regulado pela sua necessidade, pagando o homem alto preço por qualquer abuso que cometa, denotando apenas a predominância dos seus instintos bestiais destrutivos.
Quando a destruição dos animais é evitada, por excesso de escrúpulos ou por imposição religiosa, o fato em si louvável passa a ser apenas manifestação supersticiosa, pois o homem se excede de outra maneira. Só é válida quando aceita interiormente, sem riscos para seu bem-estar, sobrevivência e sem revolta.

a) pena de morte

Terá o homem o direito de tirar a vida de outro homem, mesmo que este tenha tirado a vida de alguém?
A pena de morte é contrária à Lei de Deus, e a sua manutenção ainda é traço do atraso espiritual dos povos que a mantêm e sustentam. Há outro meio de evitar que um elemento perigoso ponha em risco a vida de outras pessoas; ademais matando o seu corpo não se está livrando a sociedade de sua influência má, negativa e revoltada, pois, como espírito, continuará associado ao meio criminoso, inspirando criaturas frágeis, que funcionam como seu instrumento de ação em busca de vingança e satisfação de seus instintos cruéis.
Procurar de todas as formas regenerar o criminoso, tentando reparar um mal que começou a se fazer quando ele foi relegado ao abandono e à marginalidade na infância, reconhecendo que a maior parte da criminalidade surge por falta de educação e condições sociais mínimas, em face do desequilíbrio existente na má distribuição dos bens e da riqueza, que são acumulados egoisticamente por pequenos grupos, que passam a vi dainteira preocupados em fazê-los crescer e preservando-os como único meio de satisfação e felicidade. A marginalidade é a cobrança social que a própria lei de causa e efeito promove pela falta do investimento na educação e nas condições básicas de sobrevivência.
Há de se notar igualmente grande parte de criminosos e assaltantes que agem de maneira refinada e elegante, escapando quase sempre das malhas da lei humana, masque jamais poderão escapar das Leis Divinas que estão presentes em todas as situações davida.
A pena de morte imposta a quem matou não encontra fundamento e justificativa na Lei Divina, porque somente o Criador pode dispor da vida da criatura.
Geralmente quem foi causa de sofrimento ao seu semelhante, virá a enfrentar situações em que sofrerá o que tenha feito a outrem sofrer, pois há leis matemáticas inscritas nos mecanismos de consciência individual e qualquer equilíbrio rompido deve ser recomposto com o trabalho de quem o desajustou. Quando a pena de morte é imposta em nome de Deus, comete-se um verdadeiro sacrilégio, pois orgulhosamente o homem se auto-promove à condição divina de distribuidor de justiça, colocando-se assim distante da compreensão verdadeira de Deus. Vaidosamente o homem se coloca na condição de substituto de Deus, sobrecarregando seu espírito com todos os males que assim promover.

  NILTON CARVALHO


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