quarta-feira, 7 de setembro de 2011

LEI DA SOCIEDADE E DO PROGRESSO : RESUMO


LEI DE SOCIEDADE
a) necessidade da vida social
A vida de relação da criatura humana com seu semelhante é a base do desenvolvimento do psiquismo. É na relação com o outro que desenvolvemos nosso eu e nossas potencialidades psíquicas. A vida social está na natureza do próprio homem, ficando o insulamento, não apenas como manifestação de seu egoísmo tolo, mas como impossibilidade de progresso por falta de ajuda mútua. Quem se isola se candidata ao embrutecimento das suas faculdades psíquicas que acabam por se estiolar.
O homem, não sendo possuidor de todas as faculdades completas, no convívio com os outros promove a troca e o aperfeiçoamento delas, assegurando o seu bem estar e seu progresso. No contacto com o semelhante se educa e evolui; é na relação com o outro
que desenvolve o seu psiquismo.
b) laços de família
Os laços de família existem como uma característica humana da criatura que a distingue dos animais que exercem com sua cria somente o instinto de proteção à espécie.
Entre os homens tal proteção levada ao extremo é responsável pela deformidade do desenvolvimento psicológico, criando dependências que denotam a falta de valores próprios pois ficam estancados pela ação coercitiva da dita proteção.
No homem havendo outras necessidades, como por exemplo, o desenvolvimento moral, além das puramente materiais que exigem cuidados para a sobrevivência, o colocam em condições de exercer os laços de família consangüínea como um meio de aprender a amar, na vida social, os semelhantes como irmãos.
O relaxamento dos laços de família é tão pernicioso quanto o egocentrismo que impede que se rompa o vínculo consangüíneo, como o de raça ou o de casta, pois ambos nos levam ao egoísmo, uma das chagas da humanidade. Enquanto a supervalorização da família consangüínea prende a criatura no circuito fechado dos interesses mútuos, o relaxamento dos laços familiares remete o indivíduo ao egoísmo pessoal e particular. No seio da família o homem aprende a amar o seu semelhante na sociedade
 LEI DO PROGRESSO
a) estado de natureza
O estado de natureza é o estado de simplicidade do Espírito, é o seu ponto de partida quer intelectual quer moral. É o início de sua caminhada através da linha do princípio e da finalidade que lhe cumpre percorrer, acionado pelas diversas leis que se conjugam entre si com vistas a lhe permitir o desenvolvimento das potencialidades divinas.
É lei natural que esta evolução se dê, impedindo que o homem permaneça indefinidamente em seu estágio de infância espiritual que de nada lhe valeria se fosse perpetuado. A permanência em tal estágio aparentemente lhe daria um estado de felicidade,que é a felicidade do bruto, como a do animal, cujos instintos estão inteiramente satisfeitos.
Desde que há necessidade de evoluir – sair do estado de natureza empurra do pela lei natural – o homem cria uma série de atribulações próprias dos vários estágios pelos quais deva passar. Não podendo retroagir, senão apenas estacionar por tempo determinado é, por isto, responsabilizado no curso geral de sua vida imortal, criando para si embaraços e dificuldades que só o tempo bem aproveitado poderá resgatar.
b) marcha do progresso

Está presente no homem a força que o destina para o grande amanhã, mas cumpre que pelo processo de relação com o outro e do aprendizado que faça, desenvolva este princípio. É da lei: aquele que mais se desenvolva ajude o menos desenvolvido, para não criar os grandes desníveis que acabam por gerar, na ausência da lei de amor, o mecanismo servo - senhor ou dominado - dominador.
O progresso moral, que é o grande objetivo do Espírito, é uma conquista decorrente do progresso intelectual, porque, através deste último, a criatura humana aprende a discriminar os valores para poder escolher o que mais lhe convém, usando a
faculdade do livre-arbítrio.
A possibilidade de escolha, após o conhecimento discriminativo, é função da inteligência que assim cria a responsabilidade do ato. A ação automática, instintiva ou imitativa, realizada sem a determinação da vontade é ato casual, mecânico ou condicionado, não tendo um valor moral e denota apenas um estado circunstancial do Espírito.
Só passo a passo os povos conseguem atingir o progresso. Por enquanto, o homem tem usado o conhecimento para alimentar a sua inferioridade moral, gerando como conseqüência a necessidade do sofrimento como instrumento de sua elevação moral. Um dia o homem equilibrará as duas forças, o conhecimento e a moral, atingindo a sabedoria.
O progresso é uma força viva da natureza, não estando no homem o poder de sustá-lo pelas leis oriundas de seu egoísmo e orgulho; quando muito o embaraça, mas sempre está sofrendo a sua ação construtiva. Os abalos físicos e morais que sofre a humanidade de tempos em tempos são a mostra de sua presença transformadora.
NILTONCARVALHO



Nenhum comentário:

Postar um comentário