A FIGUEIRA QUE SECOU
E.S.E. XIX 8 A 10
Parábola é um argumento que consiste
em levar a uma comparação para melhor
interessar aos ouvintes. uma prática pedagógica
que supre as deficiências intelectuais do educando quando se trata de
assuntos transcendentais. O enredo auxilia
as associações.
Nas parábolas evangélicas, a comparação deve
levar a um ensinamento moral. Sendo o
evangelho de Jesus uma norma de conduta, devemos ver nossa posição dentro da
narrativa; o lugar , a época, aspectos geográficos ou históricos, cargos ,
funções, circunstâncias...
A primeira proposta de interpretação
nessa parábola é de raciocínio lógico:
Jesus sai de Betânia, supõe-se que ele saia da casa de Marta e Maria, que eram
irmãs de Lázaro seus amigos e era a parte da manhã ainda.De Betânia até a
região onde estava a figueira não é
longe e é provável que Jesus, havia feito um lanche antes de sair, portanto
ainda não estaria com fome.
Outro ponto interessante é que existe dois
tipos de figueiras, uma que dá frutos e outra que não dá frutos, existindo uma
época propícia para os frutos e aquela não era a época como é evidenciado pelo
evangelista.
Parece-nos que o mais provável é que
Jesus, conhecedor das leis da natureza, e sabendo que a figueira iria morrer, disse-lhe para não
dar mais frutos. Não foi ele que matou a figueira, mas ela que já
estava a definhar e assim quis mostrar o poder da fé, a confiança em Deus, para
as lutas que travariam mais tarde.
Não podemos aqui ver um Jesus fazendo demonstração de força e
pelo que conhecemos dele, jamais iria amaldiçoar alguma coisa. Ele quis
sim fazer uma comparação com o ser humano como nos diz Allan Kardec no
Evangelho Segundo o Espiritismo no cap. XIX.
A figueira
que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem, mas que
nada de bom produzem; Oradores cujas palavras trazem superficial verniz
agradando os ouvidos, sem que revelem algo substancial para os corações.
Simboliza todos os que tendo meio para ser
úteis, não são; simboliza todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas as
doutrinas carentes de bases sólidas onde
falta a verdadeira fé, aquela que abala os corações, transporta montanhas.
São arvores cobertas
de folhas e baldas de frutos que Jesus
condena à esterilidade.
Todos os sistemas,
todas as doutrinas que nenhum bem tiverem feito para a humanidade, cairão
reduzidas a nada. Todos os homens que não puserem em ação os recursos que
trazem consigo, serão tratados como a
figueira que secou.
Os
médiuns são intérpretes dos espíritos que carecem de orgão
para transmitir suas instruções, por isso, são dotados de faculdades para esse
efeito. Nos tempos atuais, cabe-lhes uma missão especial a de fornecer alimento
espiritual ao seus irmãos e multiplicam-se para que se abunde o alimento.
Os médiuns estão por
toda parte, em todos os países, em todas as classes sociais, entre ricos e
pobres, entre grandes e pequenos, afim de que não faltem para demonstrar aos
homens que todos são chamados porém se
desviam do objetivo as faculdades que lhes foi concedida e se empregam em
coisas fúteis ou prejudicial, se põem a serviço de interesses mundanos, se
recusam a utilizá-los a serviço dos outros e se nenhum proveito tiram para seu
melhoramento, são iguais à figueira estéril, Deus lhes retira os dons que se
tornaram inúteis e tornam-se presas dos
maus espíritos.
o espiritismo,
renova nossa fé esclarecendo-nos da finalidade de nossas vidas, do que há por
de trás do túmulo, as causas do nosso sofrimento e da justiça de Deus, e nos
fala que os frutos, as árvores produzem segundo sua espécie, o homem porém, há
de produzir frutos superiores em todo o tempo.
No entanto precisa do
adubo da melhora íntima, do aperfeiçoamento do caráter, do desenvolvimento de
atributos e faculdades do espírito e o estudo sistematizado do evangelho de
Jesus, promovendo a poda salutar do egoísmo
da vaidade e demais imperfeições,para produzir frutos o tempo todo.
Dar frutos sazonais,
é fácil. Somos sim convidados a ter convivência saudável na Casa Espírita , no
lar, no trabalho , na sociedade enfim que participamos.
Nessa parábola o que
o se percebe como resultado da mensagem
de Jesus se relaciona
com a fé, mas uma fé acompanhada de obras; daí a não condenação de Jesus mas a auto condenação daqueles que pregam uma coisa e fazem outra; Cairão quando
chegarem à conclusão de que falaram muito e fizeram pouco.
Nós pregamos a fé aos
outros e não vivenciamos a fé que pregamos.Às vezes tem a morte na casa do
vizinho e vamos lá informá-lo da necessidade de estar tranquilo, de buscar os
recursos do Evangelho de Jesus e até lemos alguma página de lenitivo, falamos da
imortalidade e quando acontece em nossas casas na maioria não é esse o nosso
comportamento.
È importante então, quando entendemos essa
parábola e outras, que desenvolvamos uma coerência com o evangelho, uma
coerência, em termo de comportamento; Eu entendi a parábola e ela passa a fazer
parte da minha vida e em alguns momentos diante de algumas situações, e de
algumas provas precisamos ter a lembrança da essência de uma parábola para
conviver com essa prova mais difícil.
Assim entendemos que
esse seja o grande chamamento, o grande simbolismo dessa parábola; entender,
assimilar e vivenciar nas provas que vão surgindo, a entender que Jesus não
amaldiçoou a árvore e não é possível acreditar que o fizesse; Ele só cobrou de
nós, de alguma forma, o resultado de nosso trabalho frente a imensidão de
oportunidades que temos aqui na Terra, o de produzir algo de bom dentro de
nossa capacidade.
Vivemos todos os dias
a nossa parábola segundo Emmanuel; Nossa vida aqui na Terra é como um livro que
a cada dia escrevemos uma página e o
sucesso dependerá do que de bom estivermos fazendo.
NILTON CARVALHO
Tag: figueira, secou,Evangelho,Espiritismo,Allan, Kardec
Foi muito bom ler sua explanação.Aproveitei para o Evangelho no Lar que realizo todos os domingos no meu Centro ás 19h.Muito obrigada e que Jesus te abençoe sempre.
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