domingo, 11 de março de 2012

A FIGUEIRA QUE SECOU E.S.E. XIX 8 A 10





A FIGUEIRA QUE SECOU 
E.S.E. XIX 8 A 10



Parábola é um argumento que consiste em  levar a uma comparação para melhor interessar aos ouvintes. uma prática  pedagógica  que supre as deficiências intelectuais do educando quando se trata de assuntos transcendentais. O enredo auxilia  as associações.
 Nas parábolas evangélicas, a comparação deve levar a um ensinamento moral. Sendo  o evangelho de Jesus uma norma de conduta, devemos ver nossa posição dentro da narrativa; o lugar , a época, aspectos geográficos ou históricos, cargos , funções, circunstâncias...
A primeira proposta de interpretação nessa parábola  é de raciocínio lógico: Jesus sai de Betânia, supõe-se que ele saia da casa de Marta e Maria, que eram irmãs de Lázaro seus amigos e era a parte da manhã ainda.De Betânia até a região onde estava a figueira  não é longe e é provável que Jesus, havia feito um lanche antes de sair, portanto ainda não estaria com fome.
 Outro ponto interessante é que existe dois tipos de figueiras, uma que dá frutos e outra que não dá frutos, existindo uma época propícia para os frutos e aquela não era a época como é evidenciado pelo evangelista. 
Parece-nos que o mais provável é que Jesus, conhecedor das leis da natureza, e sabendo que  a figueira iria morrer, disse-lhe para não dar mais frutos. Não foi ele que matou a figueira, mas ela que já estava a definhar e assim quis mostrar o poder da fé, a confiança em Deus, para as lutas que travariam mais tarde.
Não podemos  aqui ver um Jesus fazendo  demonstração de  força e  pelo que conhecemos dele, jamais iria amaldiçoar alguma coisa. Ele quis sim fazer uma comparação com o ser humano como nos diz Allan Kardec no Evangelho Segundo o Espiritismo no cap. XIX.
 A figueira que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem, mas que nada de bom produzem; Oradores cujas palavras trazem superficial verniz agradando os ouvidos, sem que revelem algo substancial para os corações.
 Simboliza todos os que tendo meio para ser úteis, não são; simboliza todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de bases sólidas  onde falta a verdadeira fé, aquela que abala os corações, transporta  montanhas.
São arvores cobertas de folhas e baldas de frutos  que Jesus condena à esterilidade.
Todos os sistemas, todas as doutrinas que nenhum bem tiverem feito para a humanidade, cairão reduzidas a nada. Todos os homens que não puserem em ação os recursos que trazem consigo, serão tratados como  a figueira que secou.
Os médiuns são intérpretes dos espíritos que carecem de orgão para transmitir suas instruções, por isso, são dotados de faculdades para esse efeito. Nos tempos atuais, cabe-lhes uma missão especial a de fornecer alimento espiritual ao seus irmãos e multiplicam-se para que se abunde o alimento.
Os médiuns estão por toda parte, em todos os países, em todas as classes sociais, entre ricos e pobres, entre grandes e pequenos, afim de que não faltem para demonstrar aos homens  que todos são chamados porém se desviam do objetivo as faculdades que lhes foi concedida e se empregam em coisas fúteis ou prejudicial, se põem a serviço de interesses mundanos, se recusam a utilizá-los a serviço dos outros e se nenhum proveito tiram para seu melhoramento, são iguais à figueira estéril, Deus lhes retira os dons que se tornaram inúteis  e tornam-se presas dos maus espíritos.
espiritismo, renova nossa fé esclarecendo-nos da finalidade de nossas vidas, do que há por de trás do túmulo, as causas do nosso sofrimento e da justiça de Deus, e nos fala que os frutos, as árvores produzem segundo sua espécie, o homem porém, há de produzir frutos superiores em todo o tempo.
No entanto precisa do adubo da melhora íntima, do aperfeiçoamento do caráter, do desenvolvimento de atributos e faculdades do espírito e o estudo sistematizado do evangelho de Jesus, promovendo a poda salutar do egoísmo da vaidade e demais imperfeições,para produzir frutos o tempo todo.
Dar frutos sazonais, é fácil. Somos sim convidados a ter convivência saudável na Casa Espírita , no lar, no trabalho , na sociedade enfim que participamos.
Nessa parábola o que o se percebe como  resultado da mensagem de Jesus  se relaciona com a fé, mas uma fé acompanhada de obras; daí a não  condenação de Jesus  mas a auto condenação daqueles que pregam  uma coisa e fazem outra; Cairão quando chegarem à conclusão de que falaram muito e fizeram pouco.
Nós pregamos a fé aos outros e não vivenciamos a fé que pregamos.Às vezes tem a morte na casa do vizinho e vamos lá informá-lo da necessidade de estar tranquilo, de buscar os recursos do Evangelho de Jesus e até lemos alguma página de lenitivo, falamos da imortalidade e quando acontece em nossas casas na maioria não é esse o nosso comportamento.
 È importante então, quando entendemos essa parábola e outras, que desenvolvamos uma coerência com o evangelho, uma coerência, em termo de comportamento; Eu entendi a parábola e ela passa a fazer parte da minha vida e em alguns momentos diante de algumas situações, e de algumas provas precisamos ter a lembrança da essência de uma parábola para conviver com essa prova mais difícil.
Assim entendemos que esse seja o grande chamamento, o grande simbolismo dessa parábola; entender, assimilar e vivenciar nas provas que vão surgindo, a entender que Jesus não amaldiçoou a árvore e não é possível acreditar que o fizesse; Ele só cobrou de nós, de alguma forma, o resultado de nosso trabalho frente a imensidão de oportunidades que temos aqui na Terra, o de produzir algo de bom dentro de nossa capacidade.       
Vivemos todos os dias a nossa parábola segundo Emmanuel; Nossa vida aqui na Terra é como um livro que a cada dia escrevemos uma página  e o sucesso dependerá do que de bom estivermos fazendo.
NILTON CARVALHO


Tag: figueira, secou,Evangelho,Espiritismo,Allan, Kardec

Um comentário:

  1. Foi muito bom ler sua explanação.Aproveitei para o Evangelho no Lar que realizo todos os domingos no meu Centro ás 19h.Muito obrigada e que Jesus te abençoe sempre.

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