quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PROBLEMAS CONJUGAIS


Richard Simonetti

1 –       O que fazer quando entra uma pessoa numa família harmoniosa e acaba com a paz? Tem algum Espírito ruim que a acompanha?
Se uma única pessoa consegue realizar tal proeza, talvez a família não esteja, realmente, em paz, aquela paz sustentada pela compreensão, que releva sempre, e pela compaixão, que sempre ajuda. Jesus não condenaria a ovelha tresmalhada. Antes faria de tudo para integrá-la no redil. Talvez seja esse o grande desafio dessa família.

2 –       Adoro o Espiritismo, mas sou casada com um evangélico que me proíbe de ir ao Centro Espírita , dizendo que é obra do demônio.  O que fazer?
Peça-lhe reciprocidade. Que não vá à sua igreja, dizendo-lhe que uma religião que discrimina outras crenças e sugere um comportamento machista só pode ser obra do capeta.  E seja tão boa, tão compreensiva, tão caridosa, tão cristã, que seu marido acabe por convencer-se, com base no seu comportamento, que o Espiritismo deve ser algo muito bom.

3 –  Desejo ardentemente ter um filho, mas meu marido não concorda. O que fazer?
Questões dessa natureza devem ser tratadas antes do casamento, colocando tudo no papel, com assinatura, testemunhas e firma reconhecida. Gracejos à parte, consideremos que o que é tratado nunca é caro, como reza o velho ditado. Se isso não foi feito ontem, a solução hoje é insistir no diálogo e orar muito. Se há uma programação de filhos para o seu lar, a oração facilitará a ação dos bons Espíritos nesse sentido.

4 –       Como proceder quando a esposa descobre, depois de trinta anos de convivência, que o marido tornou-se homossexual?
Sair do armário, como se costuma dizer, assumindo na madureza um comportamento homossexual, sugere desvio de conduta, comportamento vicioso. Se ele quiser poderá superar esse desvio, para o que deverá contar com sua compreensão e ajuda.

5 –       Como explicar que, após trinta anos de casamento, com quatro filhos, o marido venha dizer que está apaixonado, que encontrou a mulher de sua vida?
Se o indivíduo não atende à sinalização do corpo, depois de meio século de existência, a sugerir que cuide mais do Espírito; se pretende o comportamento adolescente, à procura de sensações, acaba comprometendo-se em paixões tardias, a configurarem supostos encontros programados, que lhe inspiram a fuga de suas responsabilidades e compromissos conjugais.

6 –       Se nosso casamento foi planejado na Espiritualidade, como ficarei se casar com outra pessoa?
Provavelmente terá problemas mais tarde, quando aparecer o homem de sua vida, despertando-lhe forte atração. Por isso, é preciso cuidado com as primeiras florações sentimentais, hoje muito mais inspiradas na paixão do que em legítima afeição, em face da liberdade sexual que leva as pessoas a iniciarem o relacionamento afetivo no motel.

7 –       É possível que minha alma gêmea não tenha reencarnado e por isso estou sempre “quebrando a cara” em meus relacionamentos?
Alma gêmea você não vai encontrar, porquanto não somos criados aos pares. Provavelmente encontrará sua algema, já que os casamentos, na Terra, com raras exceções, envolvem Espíritos em jornada de resgate e reajuste. Se a esses dois objetivos marido e mulher se dedicarem, com seriedade e discernimento, em almas gêmeas se transformarão, não por nascimento, mas por crescimento.

8 –       Imaginei casar-me com uma alma gêmea. No entanto, vivo às turras com meu marido. Por que isso acontece?
É o problema da paixão. Empolgados por elatodos casam com a alma gêmea. Quando arrefece o ímpeto passional e termina a lua de mel; quando surgem os problemas do dia a dia, envolvendo educação dos filhos, finanças, cuidados do lar, eis que os cônjuges começam a desconfiar que há algo errado, que a alma gêmea está se convertendo em lamentável algema. Geralmente isso acontece porque as pessoas insistem, após o casamento, em conjugar o verbo de suas ações na primeira pessoa do singular – eu. Casamento, para dar certo, implica usar a primeira do plural – nós. Se isso não é feito, o príncipe encantado pode converter-se num sapo. Melhor trabalhar para que o sapo se transforme em príncipe encantado.

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